As principais avenidas do Centro da cidade de Patos foram tomadas na manhã desta quarta-feira(28) por professores, diretores, funcionários, pais e sindicalistas que protestavam contra o fechamento das escolas estaduais Dom Fernando Gomes e Alexandrino Rodrigues.
Os manifestantes iniciaram as falações em carro de som em frente à Escola Estadual Monsenhor Manuel Vieira - CEPA, onde hoje funciona a sede da 6ª Gerência Regional de Ensino. De lá, todos saíram pelo Centro da cidade e ao lado da Oi realizaram mais uma manifestação.
O presidente do Sinfemp, José Gonçalves ,fez um discurso inflamado afirmando que o governo Ricardo tem que rever sua posição em relação à educação no estado. Ele disse que esta decisão é um retrocesso e só empobrece a Educação do Estado colocando às crianças e adolescentes em risco, principalmente de ficarem fora da sala de aula.
Os protestantes não foram recebidos pelo diretor da 6ª Gerência Regional de Ensino, Kácio Rogério, já que ele não se encontrava na Regional.
O anúncio de fechamento das duas escolas foi feito pelo diretor da 6ª Gerência Regional de Ensino, Kácio Rogério der Araújo. Segundo o diretor da regional, a decisão cumpre uma determinação da Secretaria de Educação do Estado, devido a problemas na estrutura educacional motivados pela diminuição do alunado da referida instituição.
De acordo com Vanda Rodrigues da Silva, diretora Alexandrino Rodrigues, a decisão da Secretaria de Educação revoltou a comunidade escolar formada por cerca de 385 alunos. A escola funciona com aproximadamente 40 profissionais, somando funcionários efetivos e prestadores de serviço.
Segundo a diretora, a decisão do Governo do Estado vem a desconsiderar uma história de 65 anos de atuação na rua Capitão Crisante e a comunidade do Santo Antônio, deixando estudantes vinculados a famílias carentes do bairro, sem a sua principal referência educacional.
A diretora informou que se confirmado o fechamento, o quadro de pessoal efetivo e os alunos da escola deverão ser aproveitados na Escola Estadual Coriolano de Medeiros e nas demais unidades da Rede Estadual.
Outro grande problema, segundo ela, é a demissão indiscriminada que pode acontecer no quadro de prestadores de serviço por conta da decisão. "Eu disse ao diretor que nós não vamos aceitar essa decisão e estamos dispostos a ir até as últimas conseqüências para que o governo possa rever esse absurdo que está fazendo. Se for necessário, vamos mobilizar a comunidade, políticos, ou quem quer que seja", protestou a diretora.
Kácio alegou que a Escola é inviável o seu funcionamento. Como argumento, ele disse que o número de alunos e insuficiente para que a escola esteja aberta. Ele ainda disse que o banheiro é junto da cozinha o que torna ainda mais inaceitável esta situação.
Ele disse que esta é a melhor medida e é determinação do governador Ricardo Coutinho. Ele disse que os alunos e profissionais serão remanejados para outras escolas que já estão superlotadas.
Kácio admitiu que outras escolas serão fechadas no Estado, mas em Patos apenas esta duas. Ele considera que esta medida mostra o respeito do governo para com a comunidade.
Fonte: Hora Exata
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