Não é de hoje que eles trocam eflúvios políticos. Foram pra festa de aniversário um do outro. Trocaram presentes, elogios e afinidades. O senador Cícero Lucena e o ex-governador José Maranhão se uniram por um adversário em comum.
E não tem como se separar até enquanto o adversário existir.
O que vem mudando é o grau de publicidade que Cícero quer dar a afinidade política com Maranhão. Ao dizer que “adoraria” ter o ex-governador como vice, Cícero ignora qualquer receio de perder o apoio de Cássio e ganhar do PMDB.
Naquele estilo de “pode me abraçar sem medo, pode deixar tua mão na minha”, Cícero parece que está sentindo que não adianta mais afastar-se de Maranhão e do PMDB para assegurar a unidade do PSDB.
É assumir logo e pronto. É claro que muita coisa vai rolar, mas o senador tucano, famoso pela paciência de Jô, já não tem mais receio em revelar planos outros que não estejam intrinsicamente ligados aos desejos do colega de partido e de Senado.
Cássio, por sua vez, respira aliviado. Da lista de poucas justificativas sensatas que dispõe para não apoiar Cícero, a da composição com Maranhão, seu adversário político mais persistente, é a melhor de todas.
Luís Tôrres
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