Radio Planeta Rei

sábado, 29 de setembro de 2012

Eleições em Teixeira: Comícios e carreatas marcam a reta final da campanha


Faltando oito dias para que conheçamos quem irá administrar o município de Teixeira nos próximos quatro anos e quais serão os novos vereadores eleitos, os partidos e coligações já preparam os seus últimos eventos para tentar conquistar os eleitores que ainda estão indecisos ou que ainda podem mudar o seu voto.

Hoje a coligação que apoia a candidatura de Wenceslau Marques realizará um comício na Praça Cassiano Rodrigues.  A ex-prefeita Rita Nunes  (PSB)  fará carreata amanhã pelas principais ruas da cidade. Nego de Guri, candidato pela coligação Dignidade não tem preço realizará comício na segunda-feira também na Praça Cassiano Rodrigues e, na terça-feira, provavelmente, teremos comício do candidato do Partido Progressista Totinha (segundo me adiantou o seu candidato a vice Juquinha).

Em Teixeira, já se vive o clima de emoção característico das vésperas de uma eleição municipal. Esperamos que tudo transcorra dentro da maior tranquilidade e que todos acatem democraticamente o resultado das urnas  que expressará a vontade do povo.

Foto enviada por Thadeu Filmagens

Eleições em Teixeira: Clima esquenta entre partidários do azul e do vermelho neste sábado


A campanha de Teixeira neste sábado registrou momentos de tensão entre partidários do vermelho e do azul, seguidores dos candidatos a prefeito Nego de Guri e Wenceslau Marques, respectivamente. Tudo começou nas primeiras horas da manhã de hoje. O motivo do desentendimento foi causado por conta de partidários das duas coligações se acharem no direito de ocupar o mesmo espaço (local próximo ao antigo bar de Matilde).

Como todos sabem, hoje é dia de manifestação da coligação que apoia o prefeito Wenceslau Marques, inclusive com a realização de comício. O problema é que os coordenadores da campanha do 12 resolveram fazer a sua concentração, na manhã deste sábado, exatamente no mesmo local onde há vários anos tem servido como ponto de encontro, nos dias de feira, de Nego de Guri com os seus correligionários.

20_de_set_2012_-_Politica_na_feira_18

Esse ponto é tão característico de Nego que, quem quiser vê-lo aos sábados, é só ir até lá que o encontra. Por conta disso, os seus eleitores e correligionários vão religiosamente aquele local para  conversar com o candidato.

Como essa reunião de Nego já é uma tradição, os vermelhos não esperavam que os azuis fossem ocupar esse espaço e foram, como de costume, ao local. Chegando lá, não gostaram de ver aquele espaço ocupado pelos correligionários do 12 e resolveram também ficar ali como é de praxe. Os azuis resistiram achando-se no direito de ocupar o mesmo espaço. Como dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo, houve um princípio de tensão. Fomos informados que a polícia compareceu ao local e  sobrou  gás de pimenta e empurrões para algumas pessoas.

Fotos: Thadeu Filmagens

Hebe Camargo morre aos 83 anos



A apresentadora Hebe Camargo morreu em São Paulo, neste sábado (29), aos 83 anos, vítima de parada cardíaca. Ela morreu em casa, de madrugada.

Hebe ficou internada por quase duas semanas em agosto no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, para “tratamento de suporte nutricional e metabólico”, conforme boletim médico.

Nos últimos dois anos, Hebe passou por várias cirurgias e tratamentos contra o câncer. Em janeiro de 2010, a apresentadora ficou 12 dias internada para retirada de nódulos na região do peritônio e iniciou tratamento quimioterápico. Em 2011, fez novas sessões de quimioterapia preventivas. Em março de 2012, passou por uma cirurgia de emergência para retirar um tumor que causava obstrução intestinal, ficando 13 dias no hospital. Em junho, realizou uma nova cirurgia de emergência para retirada da vesícula. No mês de julho, segundo o sobrinho Claudio Pessutti, ficou internada por cinco dias para a realização de exames.

Nascida em Taubaté (SP), a 130 km da capital, Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani começou a carreira cantando. Entrou para a TV logo após a fundação da primeira emissora brasileira, a TV Tupi, onde ela fazia aparições nos programas como cantora.

Estreou como apresentadora em 1955, no programa “O mundo é das mulheres”, na TV Carioca, a primeira atração voltada especialmente para mulheres. Antes disso, havia substituído Ary Barroso no programa de calouros apresentado por ele.

Depois disso, a apresentadora ficou afastada da TV por um período, até que em 1966 estreou o dominical que levava seu nome na TV Record. A atração contava com o músico
Caçulinha e era líder de audiência. Foi responsável por dar espaço para novos talentos ligados à Jovem Guarda.

Para dedicar-se ao filho, Hebe ficou afastada da televisão por cerca de dez anos, quando voltou a aparecer na TV Bandeirantes. Em 1985, aceitou o convite do SBT para comandar uma atração na emissora. Em quatro de março de 1986, entrava no ar o “Programa Hebe”, comandado por ela até 2010. Em dezembro do mesmo ano, Hebe assinou contrato com a RedeTV e estreou na emissora em março de 2011.

Em mais de 60 anos de história na televisão brasileira, a apresentadora tornou popular a expressão “gracinha”, usada para elogiar convidados. Outra marca registrada de Hebe era dar selinhos nos entrevistados que passavam por seu famoso sofá.

Famosa como apresentadora, ela não deixou de lado a carreira musical. Após lançar três discos entre 1959 e 1966, compilou suas canções mais conhecidas no CD “Maiores sucessos”, de 1995. Depois, lançou mais quatro discos. "Pra você" (1998), "Como é grande meu amor por você" (2001), "As mais gostosas da Hebe" (2007) e "Hebe mulher" (2010, ano em que participou do Grammy Latino).

O último álbum da carreira contou com participações de Daniel Boaventura e Roberto Carlos. Em todos os discos, o repertório foi abastecido por canções românticas.

'Morrer feliz da vida'
A apresentadora foi diagnosticada com câncer no peritônio, membrana que envolve os órgãos do aparelho digestivo, em janeiro de 2010. Em sua primeira gravação após 12 dias internada para a retirada de nódulos e para o início do tratamento quimioterápico, Hebe mostrou gratidão com fãs e celebridades que a apoiaram. “Posso até morrer daqui a pouco, que vou morrer feliz da vida”, comentou em março de 2010, ainda no SBT.

Na ocasião, Hebe subiu ao palco ao som de Ivete Sangalo, Ney Matogrosso, Leonardo e Maria Rita cantando juntos. “Vocês são a causa disso tudo. Me colocaram nesse pedestal que eu não mereço. É impossível encontrar palavras para descrever esse momento”, disse para a plateia. Depois, entoou “Ó nóis aqui traveis”, samba do grupo Demônios da Garoa.
Novas internações

Em setembro de 2011, Hebe iniciou um novo tratamento contra o câncer, com sessões de quimioterapia preventivas. "Não estou doente, apenas continuo me tratando pra poder ficar com vocês muito tempo ainda", disse. Por conta do retorno ao tratamento, ela havia voltado a perder cabelo e, consequentemente, a usar perucas. "Evidentemente, todo remédio forte causa algum problema. O meu problema é que eu, de novo, fiquei carequinha. Eu não estou careca, mas quase. Então, evidentemente, estou de peruca", afirmou, em comunicado enviado à imprensa. Ela ainda brincou, referindo-se ao ator Reynaldo Gianecchini, que fazia um tratamento contra um câncer no sistema linfático. "Vou sair linda, igual ao Reynaldo Gianecchini”, disse.

Em março de 2012, foi submetida a uma cirurgia de emergência para a retirada de um tumor que causava obstrução intestinal. Muito bem humorada, ela deixou o hospital após 13 dias de internação. “Se vocês pensaram que eu ia embora, eu enganei vocês. Olha eu aqui outra vez”, brincou. Em junho deste ano, foi submetida a uma cirurgia de emergência para retirada da vesícula.

O Globo

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Chica Motta tem 49% e lidera em Patos, aponta pesquisa do Ipespe



Mais uma rodada da pesquisa Ipespe na cidade de Patos mostra que se as eleições fossem hoje a candidata do PMDB, Francisca Motta, venceria com 49% das intenções de voto. Em seguida vem o candidato do DEM, Dinaldo Wanderley Filho (Dinaldinho), com 39%. Na última posição aparece o candidato do PSOL, Silvano Morais, com 2%. Os votos brancos e nulos somam 4% e os indecisos, 7%. O Ipespe ouviu 500 eleitores nos dias 22 a 23 de setembro. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, sob o protocolo 00088/2012, e a margem de erro é de 4,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.

O cenário em Patos não sofreu maiores alterações em relação à última pesquisa Ipespe realizada nos dias 21 e 22 de julho. De lá para cá, a candidata do PMDB permaneceu na frente dos concorrentes. No entanto, a diferença dela para Dinaldinho diminuiu, passando de 17 pontos percentuais para 10 pontos percentuais. De acordo com os últimos resultados, Chica Motta contava com 50%, Dinaldinho 33% e Silvano, 1%. Os votos brancos e nulos somavam 7% e indecisos, 10%.

O novo levantamento mostra que Francisca Motta está mais bem colocada entre os eleitores do sexo feminino (50%). Dinaldinho, por sua vez, se destaca entre os homens (43%). Por idade, a peemedebista obtém maior votação entre os eleitores na faixa de 16 a 24 anos (55%). O seu adversário está melhor posicionado nos eleitores com idade entre 45 e 59 anos (44%).

Por grau de instrução e por renda familiar, a candidata do PMDB se destaca entre os eleitores com o ensino médio (50%) e com mais de cinco salários mínimos (59%). Já Dinaldinho obteve mais votos entre os eleitores do ensino médio e da quarta série do ensino fundamental (40%) e com dois a cinco salários mínimos (41%).

Jornaldaparaíba.com.br

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Governo do Estado paga setembro sexta

O Governo do Estado vai pagar a folha de pessoal referente ao mês de setembro na próxima sexta-feira (28). Geralmente o pagamento é efetuado em dois dias, no entanto, todos os servidores ativos, aposentados e pensionistas vão ter as suas remunerações creditadas no dia 28. 

“O Governo segue pagando dentro do mês trabalho e acreditamos que a greve dos bancários não vai prejudicar o pagamento dos servidores, já que o montante vai ser repassado pelo Estado normalmente para as instituições bancárias”, afirmou Livânia Farias, secretária da Administração do Estado.

Tião Lucena

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ibope: Haddad passa Serra pela 1ª vez; Russomanno lidera com 34%


O Ibope divulgou na noite desta terça-feira nova pesquisa pela corrida à prefeitura de São Paulo. Pela primeira vez, a pesquisa encomendada pela Rede Globo, mostra o candidato do PT Fernando Haddad aparece numericamente à frente de José Serra (PSDB) na disputa. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, os dois seguem empatados tecnicamente. Celso Russomanno (PRB) segue na liderança, com 34%.

Haddad oscilou três pontos percentuais para cima é está com 18%. José Serra oscilou dois pontos percentuais para baixo é obteve 17% na sondagem. Gabriel Chalita, do PMDB, também variou um ponto percentual para cima e obteve 7%. Soninha Francine (PPS) manteve os 4% da última pesquisa, do último dia 13 de setembro.

Paulinho da Força (PDT) e Carlos Giannazi (Psol) marcaram 1%. Levy Fidelix (PRTB), Ana Luiz (PSTU), José Maria Eymael (PSDC) e Anai Carponi (PCO) não atingiram 1%. Miguel Manso, do PPL, não foi citado pelos eleitores.

Votos Brancos e nulos somam 10%. Votos Indecisos marcaram 8%.
O Ibope entrevistou 1204 pessoas entre os dias 22 e 24 de setembro na capital paulista. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) com o número SP-01138/2012.

Rejeição
O Ibope ainda analisou o índice de rejeição dos candidatos a prefeito de São Paulo. Segundo a pesquisa, José Serra não teria o voto de 40% dos eleitores paulistanos. Soninha teve 17% de rejeição, Fernando Haddad apresentou 16%, Celso Russomanno 14% e Gabriel Chalita teve 7%. Votariam em todos os candidatos, também apresenta o índice de 7%. Não sabem em quem vão votar, atingiram 13%.

Segundo turno
O instituto também simulou três cenários para o 2º turno envolvendo os candidatos Celso Russomanno, José Serra e Fernando Haddad. Na primeira sondagem, o candidato do PSDB teve 23% contra 51% do candidato do PRB. Na segunda análise, Russomanno apresenta 48% contra 24% de Haddad. Na última, o petista teria 39% contra 29% do tucano.


terça-feira, 25 de setembro de 2012

JORNAL DA PARAÍBA DIVULGA PESQUISA IPESPE EM GUARABIRA, CAJAZEIRAS, SOUSA E PATOS



O Jornal da Paraíba divulga esta semana pesquisas do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) sobre a disputa pelas prefeituras dos município de  Guarabira, Cajazeiras, Sousa e Patos.

Na terça-feira (25) o Jornal da Paraíba vai divulgar os números da pesquisa de intenção de votos para o município de Guarabira. Em Cajazeiras, os números serão divulgados na quarta-feira (26). Para o município de Sousa, o resultado da pesquisa sai na quinta-feira (27). O resultado da pesquisa para Patos será divulgado na sexta-feira (28).

sábado, 22 de setembro de 2012

PESQUISA IBOPE: Luciano Cartaxo cresce 15 pontos e lidera pesquisa em João Pessoa com 29%


O Ibope divulgou, na noite desta sexta-feira (21), a segunda rodada da pesquisa eleitoral do Instituto com vistas às eleições municipais deste ano em João Pessoa. Na pesquisa, contratada pela TV Cabo Branco e divulgada no JPB 2ª Edição, o candidato do PT, Luciano Cartaxo, lidera com 29%; seguido de Cícero Lucena (PSDB), que tem 20%; José Maranhão (PMDB) aparece com 18%; e Estela Bezerra do PSB, tem 14%.

Lourdes Sarmento (PCO), Renan Palmeira (PSOL) e Antônio Radical (PSTU) aparecem todos com 1%. Brancos e nulos somam 10% e não sabem ou não opinaram 06%.

O Ibope também realizou simulações para um eventual segundo turno na Capital, mas a divulgação do resultado não foi liberada pela Justiça Eleitoral. 

A pesquisa ouviu 602 pessoas entre os dias 18 e 20 de setembro. A margem de erro é de 4% para mais ou para menos.

Evolução
A primeira pesquisa Ibope para a prefeitura de João Pessoa foi divulgada no dia 10 de agosto. Na oportunidade, Maranhão tinha 27%, Cícero 26%, Cartaxo 14% e Estela Bezerra 09%. Lourdes Sarmento 1%, enquanto Renan Palmeira (PSOL) e Antônio Radical (PSTU) não pontuaram. Brancos e nulos somavam 12% e não sabem ou não opinaram 10%.

Rejeição
No item rejeição, os candidatos José Maranhão e Estela Bezerra lideram com 33%, seguidos de Cícero com 30%. Renan Palmeira e Radical também estão empatados com 23%. Lourdes Sarmento tem rejeição de 19%. Com 14%, o petista Luciano Cartaxo é o candidato que tem a menor rejeição.
Em 10 de agosto, o item rejeição tinha os seguintes números: José Maranhão 35%, Cícero 30%, Estela 29%, Cartaxo e Lourdes 18% de rejeição, e Renan e Radical 16%.

WSCOM

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Fran Lima pinta o primeiro quadro de Zé Limeira – o Poeta do Absurdo


A artista plástica foi convidada recentemente para participar de um documentário intitulado “O homem que viu Zé Limeira”, que a TV senado fez sobre a vida e a obra do jornalista paraibano Orlando Tejo. 

Autor de vários poemas, textos e, crônicas, Orlando Tejo evidenciou os elementos da cultura nordestina como a figura do cancioneiro e a poesia de cordel. Nesse documentário o cantador criado por Tejo no livro Zé Limeira – Poeta do Absurdo está sempre presente, misturando-se à história do próprio autor.

Pela relação dele com a literatura, com a cultura popular, com os cancioneiros e repentistas nordestinos, a equipe da TV Senado entrevistou escritores, violeiros, pessoas que conviveram com Orlando para relembrar suas peripécias e seus casos imperdíveis.

E como há esse mistério em torno da figura de Zé Limeira, tiveram a ideia de pedir a Fran Lima para construir a imagem de Zé Limeira a partir da descrição que as pessoas que conviveram com ele.

E assim Fran Lima pintou o poeta e entregou a pintura à produção da TV Senado.

zé limeira

Zé Limeira (Teixeira, 1886 — 1954) foi o cordelista/repentista mais mitológico do Brasil. Era conhecido como Poeta do Absurdo. Nasceu no sitio Tauá, em Teixeira, cidade da Paraíba que foi o principal reduto de repentistas no século XIX.

Os temas que abordava em suas poesias e repentes eram variados e chegavam, muitas vezes, ao delírio. Pornografia era um tema recorrente, mas Zé Limeira ficou conhecido como "Poeta do Absurdo" por suas distorções históricas, poesias recheadas de surrealismo e nonsense, e pelos neologismos esdrúxulos que criava.

Vestia-se de forma berrante, com enormes óculos escuros e anéis em todos os dedos, e saía pelos caminhos de sua vida, cantando e versando.

Wandecy Medeiros/Patosonline

Datafolha-SP: Serra abre seis pontos sobre Haddad; Russomanno lidera



O candidato do PSDB para a prefeitura de São Paulo, José Serra, abriu seis pontos de vantagem sobre concorrente do PT, Fernando Haddad, segundo pesquisa do Datafolha publicada nesta quinta-feira. Com o resultado, o tucano se consolida na segunda colocação da disputa e não está mais empatado tecnicamente com o adversário. As informações são do Jornal do SBT.

Celso Russomanno, do PRB, subiu três pontos e segue na liderança, com 35% das intenções de voto. A margem de erro do levantamento é de dois pontos, para mais ou para menos.

Os dados atuais são referentes aos dias 18 e 19 de setembro, com 1.802 entrevistados, e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número SP-00961/2012.

Em relação à pesquisa anterior, divulgada há uma semana, Serra oscilou um ponto percentual positivamente, chegando a 21%. Haddad, que tinha 17%, caiu para 15%.

Na quarta colocação, Gabriel Chalita, do PMDB, manteve os 8% da última pesquisa. Soninha Francine, do PPS, foi de 5% para 4%. Em sexto, Paulinho da Força, do PDT, segue com 1%

José Serra segue tendo a maior rejeição (44%), seguido de Paulinho da Força, do PDT, e Haddad, do PT, empatados com 23%. Ao todo, 19% declararam que não votariam em Russomanno de jeito nenhum.

Nas simulações de segundo turno, Russomanno triunfaria contra qualquer adversário. Contra Serra, a vantagem seria de 57% a 31%. Com Haddad, por 55% a 30%.

Terra

Lula faz comício em Manaus e diz que Arthur Virgílio 'não gosta de pobre’


MANAUS - Apesar das dificuldades para falar e com aparência cansada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não poupou esforços para atacar na noite desta quarta-feira um dos maiores opositores de seus dois governos, o ex-senador Arthur Virgílio Neto (PSDB), candidato a prefeito de Manaus (AM), e pedir votos para sua candidata na capital, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB).
Durante um comício que durou cerca de 20 minutos na zona leste da capital amazonense, uma das maiores zonas da cidade, Lula disse a Vanessa que, mesmo se não a conhecesse e soubesse que Arthur Virgílio era o principal adversário dela na eleição, ele viajaria a Manaus para pedir votos para a senadora e derrotar o opositor tucano.

- Eu daria um jeito de lhe apoiar (Vanessa) se eu soubesse que seu adversário é quem é (Arthur) - alfinetou Lula. Atualmente, Vanessa está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto e Arthur, em primeiro.


Em 2010, a senadora comunista conseguiu uma vaga no Senado com o apoio de Lula e também da presidente Dilma Rousseff (PT), na época candidata ao cargo. Em seu estado, ela teve como aliado o ex-governador Eduardo Braga (PMDB), hoje líder do governo. Com a ajuda dos três, a então deputada federal conseguiu desbancar Arthur Virgílio.

Nesta quarta, Lula disse que, durante seu governo, sofreu ataques agressivos, referindo a Arthur Virgílio, e lembrou de um pronunciamento do tucano no qual ele ameaçava dar “uma surra no ex-presidente”.

- Agora eu entendo porque ele quis me bater naquela época. É porque ele já tinha batido em camelôs aqui em Manaus - disse, referindo-se ao episódio que ocorreu na administração de Arthur quando ele foi prefeito de Manaus (1989-1992), e tentou tirar à força vendedores ambulantes do Centro da cidade com a ajuda da polícia.

Lula insinuou ainda que Arthur não gosta de pobre, citando uma célebre frase do general João Baptista Figueiredo, presidente durante o regime militar, que disse preferir o ‘cheiro de cavalo ao do povo’.

- O que me parece é que esse senhor (Arthur) não gosta de pobre e não suporta o cheiro de pobre - afirmou.

Ao final do discurso, Lula pediu para que os eleitores de Vanessa trabalhassem duro na campanha da candidata e tentou fazer um alerta os correligionários da candidata sobre o ex-senador tucano.

- Cuidado com ele, ele é agressivo. Daqui a pouco ele pode bater em você em qualquer lugar. Essa campanha não está ganha é preciso trabalhar - afirmou.

No discurso, Lula admitiu ainda que não estava recuperado totalmente do câncer, e observou que não poderia se alongar.

- Em 11 meses, fiz tratamento, mas tenho que ter cuidado na fala - disse.

O ex-presidente disse também que o tumor fez com que ele melhorasse como pessoa.
- Pessoas que passaram o que passei, viram um ser humano melhor. A gente faz muita reflexão sobre o passado, sobre o presente e o sobre o futuro - declarou.

Ainda no comício, o senador Eduardo Braga (PMDB), líder do governo Dilma, alfinetou a imprensa nacional, pediu para que os jornalistas olhassem o número de pessoas que estavam no comício e disse que o ex-presidente Lula está mais forte do que nunca.

- Falam tanta besteira e está aí a resposta. Essas pessoas vieram prestigiar o homem que mudou a história do Brasil - disse. Braga também atacou Arthur e disse que Manaus precisaria dizer “não à agressão, ao desequilíbrio e não à violência”.

Logo após a fala do senador e antes de Lula falar, a coordenação da campanha de Vanessa veiculou um vídeo da presidente Dilma em um telão, no qual ela aparece pedindo votos à candidata comunista.

Agradecendo a presença de Lula em seu comício, Vanessa Grazziotin atacou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) dizendo que ele não olhava pelos pobres do Brasil.

- Aquele lá (FHC) só trabalhou para os ricos, precisou vir o presidente Lula para resgatar a dignidade do povo brasileiro - observou.

A reportagem tentou contato com o ex-senador Arthur Virgílio para ouvir a opinião sobre as declarações de Lula, Vanessa e Eduardo Braga, mas as ligações não foram atendidas.vaga no Senado com o apoio de Lula e também da presidente Dilma Rousseff (PT), na época candidata ao cargo. Em seu estado, ela teve como aliado o ex-governador Eduardo Braga (PMDB), hoje líder do governo. Com a ajuda dos três, a então deputada federal conseguiu desbancar Arthur Virgílio.

O Globo

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Candidatos a vereador do PSC rompem com Cícero e anunciam apoio a Cartaxo


A candidatura a prefeito de Luciano Cartaxo recebeu o apoio de onze candidatos a vereador do PSC na noite desta terça-feira (18). O grupo rompeu com Cícero Lucena alegando constrangimentos internos e falta de estrutura para as campanhas. O anúncio foi feito na sede estadual do partido e contou com a presença do candidato a vice-prefeito, Nonato Bandeira.

No total, onze postulantes compareceram ao evento de adesão. São eles: Irmão Aluísio, Mário da Cruz. Tertuliano Chianca, Francinaldo Nanal, Gorete, Virgílio, Sargento Neto, Eliane de Laranjeira, Neto Zaccara, Fernando Yplá e D2. Além deles, André Oliveira, Paulo Guimarães e mais quatro estão em conversas com suas bases e devem seguir os colegas.

De acordo com Fernando Yplá, que liderou o movimento, a adesão foi motivada pela insatisfação geral com o tratamento na antiga aliança. “Esperamos um suporte de material de campanha que nos foi prometido por cerca de 80 dias e não recebemos nem do PSDB e nem do próprio Ítalo Kumamoto, que é o nome do partido naquela coligação”, revelou.

Sargento Neto, outro candidato dissidente, reforça: “Foi uma humilhação. Não nos deram material, estrutura ou qualquer condição de fazer uma campanha. Diziam que não fariam isso porque somos um partido pequeno”, contou.

Nonato Bandeira ressaltou a decisão do grupo e afirmou que "existem muitos candidatos que ainda iludem aqueles que possuem boa fé na política. Prometendo tudo e depois ignorando a todos. Mas vamos olhar pra frente. A campanha está em seu rumo e daqui para frente só haverá reforços e ainda mais crescimento”, declarou.

O presidente estadual do PSC, Marcondes Gadelha, falou sobre a satisfação em ver o grupo ao seu lado. “Tivemos contratempos que nos afastaram mas tenho a felicidade de estar ao lado deles novamente. A única coisa que pedimos a Luciano e Nonato é que adote os princípios de ética e humanidade que norteiam o nosso partido”.

Wscom

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Por que eles têm medo do Lula?


Lula virou o diabo para a direita brasileira, comandada por seu partido – a mídia privada. Pelo que ele representa e por tê-los derrotado três vezes sucessivas nas eleições presidenciais, por se manter como o maior líder popular do Brasil, apesar dos ataques e manipulações de todo tipo que os donos da mídia – que não foram eleitos por ninguém para querer falar em nome do país – não param de maquinar contra ele. 

Primeiro, ele causou medo quando surgiu como líder operário, que trazia para a luta política aos trabalhadores, reprimidos e super-explorados pela ditadura durante mais de uma década e o pânico que isso causava em um empresariado já acostumado ao arrocho salarial e à intervenção nos sindicatos.

Medo de que essa política que alimentava os superlucros das grandes empresas privadas nacionais e estrangeiras – o santo do chamado “milagre econômico” -, terminasse e, com ela, a possibilidade de seguirem lucrando tanto às custas da super-exploração dos trabalhadores. 

Medo também de que isso tirasse as bases de sustentação da ditadura – além das outras bases, as baionetas e o terror – e eles tivessem que voltar às situações de incerteza relativa dos regimes eleitorais.

Medo que foi se acalmando conforme, na transição do fim do seu regime de ditadura militar para o restabelecimento da democracia liberal, triunfavam os conservadores. Derrotada a campanha das diretas, o Colégio Eleitoral consagrou um novo pacto de elite no Brasil, em que se misturavam o velho e o novo, promiscuamente na aliança PMDB-PFL, para dar nascimento a uma democracia que não estendia a democracia às profundas estruturas econômicas, sociais e midiáticas do país.

Sempre havia o medo de que Lula catalizasse os descontentamentos que não deixaram de existir com o fim da ditadura, porque a questão social continuava a arder no país mais desigual do continente mais desigual do mundo. Mas os processos eleitorais pareciam permitir que as elites tradicionais retomassem o controle da vida política brasileira.

Aí veio o novo medo, que chegou a pânico, quando Lula chegou ao segundo turno contra o seu novo queridinho, Collor, o filhote da ditadura. E foi necessário usar todo o peso da manipulação midiática para evitar que a força popular levasse Lula à presidencia do Brasil, da ameaça de debandada geral dos empresários se Lula ganhasse, à edição forjada de debate, para tentar evitar a vitória popular.

O fracasso do Collor levou a que Roberto Marinho confessasse que eles já não elegeriam um presidente deles, teriam que buscar alguém no outro campo, para fazê-lo seu representante. Se tratava de usar de tudo para evitar que o Lula ganhasse. Foram buscar ao FHC, que se prestou a esse papel e parecia se erigir em antidoto permanente contra o Lula, a quem derrotou duas vezes.

Como, porém, não conseguem resolver os problemas do país, mas apenas adiá-los – como fizeram com o Plano Real -, o fantasma voltou, com o governo FHC também fracassando. Tentaram alternativas – Roseana Sarney, Ciro Gomes, Serra -, mas não houve jeito.

Trataram de criar o pânico sobre a possibilidade da vitória do Lula, com ataque especulativo, com a transformação do chamado “risco Brasil” para “risco Lula”, mas não houve jeito.

Alivio, quando acreditaram que a postura moderada do Lula ao assumir a presidência significaria sua rendição à politica econômica de FHC, ao “pensamento único”, ao Consenso de Washington. Por um lado, saudavam essa postura do Lula, por outro incentivavam os setores que denunciavam uma “traição” do Lula, para buscar enfraquecer sua liderança popular. No fundo acreditavam que Lula demoraria pouco no governo, capitularia e perderia liderança popular ou colocaria suas propostas em prática e o país se tornaria ingovernável.

Quando se deram conta que Lula se consolidava, tentaram o golpe em 2005, valendo-se de acusações multiplicadas pela maior operação de marketing político que o pais ja conheceu – desde a ofensiva contra o Getúlio, em 1954 -, buscando derrubar o Lula e sepultar por muito tempo a possibilidade de um governo de esquerda no Brasil. Colocavam em prática o que um ministro da ditadura tinha dito: Um dia o PT vai ganhar, vai fracassar e aí vamos poder governar o país sem pressão.”

Chegaram a cogitar um impeachment, mas tiveram medo do Lula, da sua capacidade de mobilização popular contra eles. Recuaram e adotaram a tática de sangrar o governo, cercando-o no Parlamento e através da mídia, até que, inviabilizado, fosse derrotado nas eleições de 2006.

Fracassaram uma vez mais, quando o Lula convocou as mobilizações populares contra os esquemas golpistas, ao mesmo tempo que a centralidade das políticas sociais – eixo do governo Lula, que a direita não enxergava, ou subestimava e tratava de esconder – começava a dar seus frutos. Como resultado, Lula triunfou na eleições de 2006, ao contrário do que a direita programava, impondo uma nova derrota grave às elites tradicionais.

O medo passou a ser que o Brasil mudasse muito, tirando suas bases de apoio tradicionais – a começar por seus feudos políticos no nordeste -, permitindo que o Lula elegesse sua sucessora. Se refugiaram no “favoritismo” do Serra nas pesquisas – confiando, uma vez mais, na certeza do Ibope de que o Lula não elegeria sua sucessora.

Foram de novo derrotados. Acumulam derrota atrás de derrota e identificam no Lula seu grande inimigo. Ainda mais que nos últimos anos do seu segundo mandato e na campanha eleitoral, Lula identificou e apontou claramente o papel das elites tradicionais, com afirmações como a de que ele demonstrou “que se pode governar o Brasil, sem almoçar e jantar com os donos de jornal”. Quando disse que “não haverá democracia no Brasil, enquanto os políticos tiverem medo da mídia”, entre outras afirmações. 

Quando, depois de seminário que trouxe experiências de regulações democráticas da mídia em varias partes insuspeitas do mundo, elaborou uma proposta de lei de marco regulatório para a mídia, que democratize a formação da opinião pública, tirando o monopólio do restrito número de famílias e empresas que controlam o setor de forma antidemocrática. 

Além de tudo, Lula representa para eles o sucesso de um presidente que se tornou o líder político mais popular da história do Brasil, não proveniente dos setores tradicionais, mas um operário proveniente do nordeste, que se tornou líder sindical de base desafiando a ditadura, que perdeu um dedo na máquina – trazendo no próprio corpo inscrita a sua origem e as condições de trabalho dos operários brasileiros.

Enquanto o queridinho da direita partidária e midiática brasileira, FHC, fracassou, Lula teve êxito em todos os campos – econômico, social, cultural, de políticas internacional -, elevando a auto-estima dos brasileiros e do povo brasileiro. Lula resgatou o papel do Estado – reduzido à sua mínima expressão com Collor e FHC – para um instrumento de indução do crescimento econômico e de garantia das políticas sociais. Derrotou a proposta norteamericana da Alca – fazer a América Latina uma imensa área de livre comércio, subordinada ao interesses dos EUA -, para priorizar os projetos de integração regional e os intercâmbios com o Sul do mundo.

Lula passou a representar o Brasil, a América Latina e o Sul do mundo, na luta contra a fome, contra a guerra, contra o monopólio de poder das nações centrais do sistema. Lula mostrou que é possível diminuir a desigualdade e a pobreza, terminar com a miséria no Brasil, ao contrário do que era dito e feito pelos governos tradicionais.

Lula saiu do governo com praticamente toda a mídia tradicional contra ele, mas com mais de 80% de apoio e apenas 3% de rejeição. Elegeu sua sucessora contra o “favoritismo” do candidato da direita. 

Aí acreditaram que poderiam neutralizá-lo, elogiando a Dilma como contraponto a ele, até que se rendem que não conseguem promover conflitos entre eles. Temem o retorno do Lula como presidente, mas principalmente o temem como líder político, como quem melhor vocaliza os grandes temas nacionais, apontando para a direita como obstáculo para a democratização do Brasil.

Lula representa a esquerda realmente existente no Brasil, com liderança nacional, latino-americana e mundial. Lula representa o resgate da questão social no Brasil, promovendo o acesso a bens fundamentais da maioria da população, incorporando definitivamente os pobres e o mercado interno de consumo popular à vida do país.

Lula representa o líder que não foi cooptado pela direita, pela mídia, pelas nações imperiais. Por tudo isso, eles tem medo do Lula. Por tudo isso querem tentam desgastar sua imagem. Por isso 80% das referências ao Lula na mídia são negativas. Mas 69,8% dos brasileiros dizem que gostariam que ele volte a ser presidente do Brasil. Por isso eles tem tanto medo do Lula. 

Blog do Emir Sader 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Pesquisa WSCOM/6Sigma aponta empate técnico entre Cartaxo e Cícero; Maranhão é terceiro


A pesquisa encomendada pelo Portal WSCOM realizada pelo Grupo 6Sigma aponta um empate técnico entre os candidatos Luciano Cartaxo (PT) e Cícero Lucena (PSDB). O petista aparece na frente com 21,9%, enquanto o tucano tem 21,3%. O candidato do PMDB, José Maranhão aparece em terceiro com 17,8% e Estela Bezerra (PSB) se mantém em quarto com 12,9%.

Ainda segundo levantamento, 15,1% dos entrevistados ainda não sabe em quem votar, branco e nulo representam 2,1% e 4,7% não quiseram informar. 3,1% disseram que não votam em nenhum dos candidatos apresentados.

O WSCOM Online é o primeiro portal de notícias da Paraíba a apresentar uma pesquisa eleitoral nestas eleições municipais. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 00060/2012. Os entrevistadores do Grupo 6Sigma ouviram 1.100 eleitores de 52 bairros de João Pessoa. A margem de erro da pesquisa é de 2,5% e a confiança é de 95%.

O diretor do Grupo 6Sigma e professor de estatística, Pedro César, o empresário multimídia Walter Santos, diretor presidente do Grupo WSCOM, o consultor de marketing, Carlos Roberto de Oliveira, e o editor do WSCOM Online, Marcos Wéric, estão ao vivo fazendo a análise dos dados da pesquisa.

Da Redação
WSCOM Online

domingo, 16 de setembro de 2012

Denúncia da Veja contra Lula não passa de tática eleitoral

 

Confesso que tive preguiça de escrever sobre a última da Veja. No sábado pela manhã, assim que, sôfregos, blogs e sites da mídia tucana começaram a martelar mais uma denúncia lastreada em vento, o cansaço com essas falsas polêmicas levou este blogueiro a decidir se poupar de trabalho tão patético quanto o de desmentir o que se desmente por si só.

Não ia escrever, mas o tom que vi em algumas matérias da blogosfera me leva a fazer o que não tinha vontade. E sem nem mesmo ver necessidade. Mas como há gente bem-intencionada levando a sério não a matéria, mas a intenção por trás dela, escrevo.
Sejamos sintéticos como o assunto merece. Rememoremos a denúncia em poucas palavras.

Veja e outros veículos da mídia tucana que repercutiram sua matéria fizeram chamadas sobre o tema que induzem o leitor a crer que a revista entrevistou o réu do julgamento do mensalão Marcos Valério e que este teria acusado o ex-presidente Lula de ter sido o verdadeiro arquiteto do esquema. Ao mergulhar na matéria, porém, o leitor vai perdendo expectativas.

Veja – e o resto da mídia que a repercutiu acriticamente – usa chamada que induz a erro. Repare, leitor:

“Diante da perspectiva de terminar seus dias na cadeia, o publicitário [Marcos Valério] começa a revelar os segredos que guardava – entre eles, o fato de que o ex-presidente sabia do esquema de corrupção armado no coração do seu governo”
Só lá pelo meio da primeira parte da matéria – sim, pessoas de boa fé me obrigaram a ler aquilo – é que surge a informação que deveria não só ter aberto o texto já no primeiro parágrafo, mas que deveria constar no título na capa da revista, que estampa a denúncia e induz quem a vê a comprar o material achando que, nas páginas internas, contém uma bomba.

Veja, lá pelas tantas – e agora que o leitor desavisado que não assina o panfleto já pagou por ele em banca –, entrega que a matéria foi feita “Com base em revelações de parentes, amigos e associados” de Valério, aos quais ele teria dado tais declarações por estar sentindo-se “traído e abandonado pelo PT”.

Marcos Valério está sendo julgado pelo STF. Em pleno julgamento, ele decide sair por aí alardeando a quem quiser ouvir (parentes, amigos e associados, segundo a revista) uma das “teses” da Veja que, se fosse considerada pelo STF, agravaria suas penas: o esquema criminoso de que participou teria envolvido muito mais dinheiro e muito mais crimes.

Valério estaria zangado com um partido que não o defendeu? Por que, se o PT está tendo dificuldade para defender até a si mesmo do massacre midiático?

Valério é um homem inteligente. Isso é visível. Montou esquemas de corrupção envolvendo importantes partidos do governo e da oposição, sobretudo o PSDB (primeiro) e o PT (depois). Ele sabe muito bem que nunca houve nada que o PT pudesse fazer por si. E se este partido não fez nada por ele muito menos fez o PSDB, com o qual também se envolveu até o pescoço.

Veja não dá um mísero nome dentre essa suposta legião de “amigos, parentes e associados” que estariam gritando aos quatro ventos a acusação contra Lula. Todo o círculo de relações sociais de Valério contou a história à revista e ninguém quis aparecer…

Pior é o próprio Valério. Ele conta a todo mundo de seu relacionamento a bomba que guardaria contra Lula, mas não conta à Veja. Se contou a tantas pessoas, certamente queria dar publicidade ao caso. Ainda assim, em vez de procurar um meio de comunicação preferiu o boca a boca de suas relações pessoais (?!).

Pode-se inferir da matéria da Veja, aliás, que Valério teve um surto de bom-mocismo: arrisca-se a aumentar suas penas no julgamento que tramita e contraria advogados que certamente o aconselharam a se recolher durante o processo só para desmascarar o “grande vilão” Lula.

O “jornalismo” da Veja se mostra inexplicável. A revista ouviu todo mundo, mas não ouviu Valério. Ok, ele conta sua história a qualquer um menos a ela. Mas certamente o advogado do réu teria algo a dizer e não se recusaria a dar declarações porque a denúncia prejudica seu cliente. Por que não foi ouvido?

O resto da mídia comprou acriticamente essa história maluca. No domingo, a Folha de São Paulo repercute a acusação da Veja a Lula em destaque logo na abertura do seu caderno Poder e acusa o advogado de Valério, que desmentiu a revista, de ter dado declarações contraditórias.

Blog da Cidadania

Advogado de Marcos Valério desmente Veja


SÃO PAULO — O advogado do empresário Marcos Valério, o criminalista Marcelo Leonardo, disse neste sábado que seu cliente não deu entrevista à revista Veja e negou as declarações atribuídas a ele, acusando o ex-presidente Lula de ser o chefe do mensalão.

— Desde 2005 Marcos Valério não dá entrevistas e não deu nenhuma entrevista para a revista Veja agora. Ele nega o teor das declarações atribuídas a ele — disse Leonardo, por telefone, ao GLOBO.

O advogado José Luís Oliveira Lima, que representa o ex-ministro José Dirceu, criticou a reportagem, com declarações de Valério, supostamente reveladas por pessoas próximas.

— Acho muito estranho que na véspera de iniciar o julgamento contra o meu cliente, e também na véspera do primeiro turno (das eleições), a revista venha com uma matéria desprovida de fatos concretos, de provas e documentos — afirmou o advogado, que minimizou a hipótese de o artigo influenciar no julgamento. — Fico tranquilo quando lembro que meu cliente está sendo julgado pelo STF, composto pelos magistrados mais experientes do país, portanto vacinados para qualquer tipo de pressão.

Em entrevista à rádio CBN, o ministro Marco Aurélio Mello, que participa do julgamento do mensalão, também minimizou a possibilidade de interferência:

— A reportagem não vai interferir no julgamento. A esta altura, nós temos os acusados já definidos. Nesse processo, não se volta para uma fase ultrapassada. De qualquer forma, o Judiciário só atua mediante provocação do Ministério Público.

Oposição pede investigação
A oposição cobrou explicações, mas adotou tom cauteloso. O presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), divulgou nota oficial destacando que as suspeitas de envolvimento de Lula devem ser investigadas:

— O que eram suspeitas colocam-se agora como objeto real de investigação pelas revelações atribuídas a Marcos Valério, principal agente operador do mensalão. Se confirmadas as revelações fica evidenciado que o mensalão estava instalado no Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada, símbolos do poder da República. O Brasil espera explicações.

O deputado Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB, seguiu a mesma linha:
— É grave. Deve-se esclarecer tudo o quanto antes. Se tudo não ficar esclarecido o expresidente Lula tem que responder em juízo pelo que fez.

Procurado, o advogado de Delúbio Soares, Arnaldo Malheiros, não retornou. O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto, classificou de "ato de desespero" as declarações atribuídas a Marcos Valério. Segundo ele, o empresário estaria tentando envolver o nome do ex-presidente Lula no mensalão porque "sabe que vai parar na cadeia". Ainda de acordo com o deputado, o assunto deve ter um "tratamento corriqueiro" pelo PT.

— Esse tipo de ação é um ato de desespero de quem está no banco dos réus, de quem sabe que vai ser preso, de quem sabe que vai parar na cadeia — disse Tatto, referindo-se às condenações de Valério no Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com Tatto, a direção do partido não deve entrar com uma ação contra as denúncias que teriam sido feitas por Valério.

— Nem conversei com o presidente do PT (Rui Falcão). Mas, com certeza, esse assunto vai ter um tratamento corriqueiro — disse.

O Globo

sábado, 15 de setembro de 2012

O mensalão e as eleições entram na reta final


kotscho 14092012 O mensalão e as eleições entram na reta final

Não por acaso, claro, o julgamento do mensalão e a campanha eleitoral entram concomitantemente em suas fases decisivas na próxima semana. E vão fazer o possível para que as sentenças dos réus saiam junto com a abertura das urnas eletrônicas.

Não por acaso, também, o mensalão tornou-se o carro-chefe do discurso de José Serra e outros tucanos na televisão para conter a sangria de votos que ameaça deixar o PSDB fora do segundo turno em São Paulo.

Os mesmos setores do Judiciário, da imprensa e dos partidos de oposição, que pressionaram o STF para colocar em julgamento ainda este ano o processo do PT, antes que entrasse em pauta o mensalão tucano, que é sete anos mais antigo, agora têm pressa para anunciar logo as condenações.

Para isso, o ministro relator Joaquim Barbosa, que se comporta mais como assistente de acusação do procurador-geral Roberto Gurgel do que como juiz, até está pedindo a marcação de sessões extras.

Até agora, após 23 sessões, foram julgados — e quase todos condenados — os réus dos núcleos publicitário e financeiro do chamado valerioduto que teria abastecido o mensalão petista.

No fatiamento do processo, o relator adotou a velha fórmula do "como queria demonstrar", criando as condições para a condenação dos réus do núcleo político que começam a ser julgados na próxima segunda-feira.

É a parte central do processo em que os 10 ministros do STF decidirão se os recursos do valerioduto foram utilizados para a compra de apoio político no Congresso, como acusou o procurador-geral, ou para pagar despesas de campanhas eleitorais, a tese do "caixa dois" apresentada pelos advogados de defesa.

Pelo andar da carruagem, ao encampar a denúncia de Roberto Jefferson, que deu origem ao processo, Joaquim Barbosa mais uma vez deve receber o apoio da maioria dos ministros, que estão fechados em torno dos votos do relator, como mostra o placar de 8 a 2 que vai se repetindo a cada condenação, quando não registra a unanimidade.

Eles nem disfarçam mais: a euforia dos porta-vozes da oposição na mídia com o julgamento do mensalão contrasta com seu inconformismo a cada divulgação de nova pesquisa em que seu candidato cai e aumentam os índices de rejeição.

Como não sou juiz nem advogado, e não tenho diploma de nada, também não me meto a comentar nem entrar no mérito das decisões do STF. Limito-me a registrar os fatos como os fatos são. Espero apenas que a Justiça seja igual para todos e não apenas um instrumento de vingança eleitoral.

Por falar nisso, e o mensalão tucano, que é de 1998, quando foi criado o tal do valerioduto? Ninguém sabe, ninguém viu, ninguém toca mais no assunto. Se o principal argumento para apressar o julgamento do mensalão do PT, denunciado em 2005, foi o de evitar a prescrição dos crimes, o que dizer do processo envolvendo os políticos do PSDB?

Faço estas perguntas já sem esperanças de ouvir respostas nas colunas dos jornais, das emissoras e das revistas abrigados no Instituto Millenium, o grêmio recreativo dos barões da imprensa que não se conformam de ter perdido o poder.

Se algum leitor do nosso Balaio souber me responder, por favor escreva para este blog.

Bom final de semana a todos.

Balaio do Kotscho