Radio Planeta Rei

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pires se cala, Lúcio agride, Braga revida, Rômulo ameniza, mas RC incendeia

Blog do Helder Moura
A derrota nas chamadas MPs do Mal deixou o Governo Ricardo Coutinho a beira de um ataque de nervos. Não para todos, é claro. O secretário Luciano Pires (Casa Civil), por exemplo, entrou mudo e saiu calado do processo. Submergiu e deixou seu colega Hervázio Bezerra, líder do Governo, queimar nas labaredas.

Mas, seu colega Lúcio Flávio (qual será mesmo o cargo dele?) cumpriu a missão de defender o Governo e agredir os deputados, supostamente governistas, que votaram contra. Seriam eles Wilson Braga, Toinho do Sopão e Toinho do Sopão que, para surpresa geral, acompanharam as oposições e o pessoal do Fisco.

Lúcio Flávio chamou os deputados de anfíbios, gênero que é basicamente representado pelos sapos, rãs, pererecas e cobras-d’água. Foi rebatido pelo veterano Braga, que ficou injuriado. Braga insinuou que ele nada entende de político, é um exímio bajulador de RC e o mandou se recolher “à sua insignificância”.

Quando as chamas começaram a extrapolar a Praça dos Três Poderes, foi a vez de dois profissionais entrarem em campo. O líder Hervázio Bezerra surpreendeu, mostrou maturidade e disse que o fato de Braga, Doda e Toinho votarem contra não significa que eles são de oposição. Mesmo sabendo que são.

Depois veio o vice Rômulo Gouveia. Ele contestou o secretário Lúcio Flávio e afirmou que Braga e Doda, mesmo tendo votado contra, não podiam ser considerados de oposição. Foi um gesto para tentar amenizar o impacto da derrota do Governo na Assembleia. Hervázio e Rômulo tentaram apagar o fogo.

Mas, não o nosso ínclito, preclaro e insigne governador. Em vez de suavizar o embate, foi logo dizendo que não se preocupa em ter minoria na Assembleia. Seu arremate magoou, quando disse: “Só fica com o Governo quem quer. O mundo não se acabou por causa disso.” Foi mais combustível pra incendiar.

Esse comportamento foi, certamente, o que levou o veterano Braga se recusar atender um telefonema de RC, por insistência do colega Domiciano Cabral. Revoltado, Braga disse: “Diga a ele que não atendo, que ele vá…” Foi apenas uma demonstração que o Governo anda mesmo a beira de um  ataque de nervos.

E é que o inferno astral ainda nem começou…

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