Radio Planeta Rei

segunda-feira, 2 de abril de 2012

DEM abre processo para expulsar Demóstenes Torres


O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é alvo de investigação por envolvimento com Carlinhos Cachoeira

A cúpula do Democratas decidiu nesta segunda-feira (2) abrir processo para expulsar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), investigado por suas ligações com o empresário do jogo Carlinhos Cachoeira.

O parlamentar informou que ainda não leu todo o processo enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) e, por esta razão, não compareceu à reunião marcada para hoje na qual daria sua defesa sobre o caso.

O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), afirmou que Demóstenes tinha até esta noite para apresentar sua primeira defesa e que a abertura do processo de expulsão não o impede de fazê-lo mais adiante. Também estiveram presentes o líder do partido na Câmara, ACM Neto (BA), e outros parlamentares.

A relação entre Demóstenes e Carlinhos Cachoeira começou a ser divulgada pela imprensa dias após a deflagração da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que resultou na prisão de Cachoeira e mais 34 pessoas no final de fevereiro. Inicialmente, Demóstenes foi acusado de receber presentes caros de Cachoeira em seu casamento, mas negou conhecer as atividades ilegais do empresário.

Vazamento de interceptações telefônicas colhidas pela Polícia Federal mostraram, no entanto, que além de conhecer a atuação de Cachoeira, Demóstenes também participava do esquema, interferindo a favor do empresário em assuntos políticos e obtendo em troca o repasse de dinheiro resultante da exploração do jogo ilegal em Goiás.

Com as acusações, Demóstenes se recolheu em seu gabinete. Em seu microblog Twitter, o senador disse que não integrava nenhuma "organização ilegal". O senador deixou a liderança do DEM no Senado no último dia 27, sendo substituído pelo presidente da legenda, Agripino Maia (RN).

Na semana passada, o STF autorizou a abertura de inquérito para investigar a participação do senador no esquema. O relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, determinou a quebra de sigilo bancário e pediu levantamento das emendas parlamentares do político.

Também na semana passada, o PSOL protocolou uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o senador no Conselho de Ética. Com o risco de ser cassado, o senador estuda a hipótese de renunciar ao mandato, mas retarda sua decisão por receio de perder a prerrogativa de foro privilegiado –renunciando à cadeira no Senado, o inquérito não seria mais julgado pelo STF.

Uol Notícias

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