HAVANA, 28 Mar (Reuters) - O papa Bento 16 encerrou sua visita a Cuba nesta quarta-feira com um encontro com o líder revolucionário Fidel Castro e condenou o embargo de 50 anos imposto pelos Estados Unidos à ilha comunista.
"Que ninguém se sinta impedido de somar-se a esta apaixonante tarefa (de criar uma sociedade reconciliada) pela limitação de suas liberdade fundamentais, nem eximido dela por uma falta de recursos materiais", disse o papa.
"Situação que se vê agravada quando medida econômicas restritivas impostas de fora do país pesam negativamente sobre a população", acrescentou o papa, que concluiu uma vista de três dias a Cuba na qual incentivou os cubanos a buscar a "liberdade autêntica" e pediu um maior peso para a Igreja Católica.
O líder de 1,2 bilhão de católicos em todo o mundo rezou uma missa na ampla Praça da Revolução para 300 mil pessoas, segundo o Vaticano. O local costumava ser palco de discursos inflamados de Fidel quando estava à frente do governo cubano, cargo que ocupou por quase 50 anos.
Cercado por grandes imagens dos "companheiros" de Fidel Ernesto "Che" Guevara e Camilo Cienfuegos, o papa leu um sermão que abordou os principais temas de sua viagem -que Cuba precisa construir uma sociedade mais aberta, menos controlada, com um papel maior para a Igreja Católica como anteparo contra trauma ou convulsão social.
Apesar de o Vaticano ter estimado em 300 mil o número de pessoas que acompanharam o ato, jornalistas da Reuters avaliaram que o número seria consideravelmente menor.
Reuters Brasil
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