Por: Escritor e analista político Matias Marcelino Campos
Nas décadas de 1980 e 1990, já havia sinais de crise da velha sociedade, do radical coronelismo político, dos lobistas do colarinho branco, de grupos agregados aos viciados ao poder, do virtual monopólio e controle da mente, do fim da alienação política com o combate as elites, até o surgimento do movimento hippie desde a década de 1970 que desfechou um selvagem ataque aos pressupostos culturais da era industrial e elites relígio-política do mundo inteiro.
Nos dias atuais, por mais que Ficha-suja pareça um rótulo, mas suas subdivisões e falta de ideologia ameaçavam a estabilidade econômica e financeira da vida pública. Suas bases alicerçadas no poder ameaçavam as forças das leis deste País. Suas influências seculares têm domínios sobre todos os setores da Administração Pública. Suas organizações criminosas são fortes e não admitem desistirem das atuações nos esquemas de corrupção. Seus laboratórios de propinas estão instalados de forma radical para dominar o poder e políticas sociais.
Todos desta labareda e chaminé de riqueza oculta acreditam no enfraquecimento da moralidade e legalidade do Estado Democrático de Direito. Pois gozam de admiração exagerada, da mais alta implicação cultural e política demasiadamente conservadora, sabem justificar suas ações no tribunal da “opinião pública”, com o forjamento de pesquisa, controvérsia, causando ódio e angustias dos adversários.
Diante da decisão do STF e enérgica promessa do TSE, de respeitar e cumprir a luz da Lei da Ficha Limpa, espera-se murchar a criação de novas organizações de ascensão do modernismo por trás das cortinas de ressurgimento da tecnologia computadorizada, para continuarem suas devastações de roubalheiras do erário, que refletem significativamente na deslealdade e insegurança da ÉTICA. Neste contexto, pergunto: Se na minha Terra tem político da pele de brim?
Ainda, a atuação de Fichas-sujas, tem significativa influência na violência e um difundido interesse no misticismo da contravenção, até insistem na volta a um passado santo e místico de ódio, com Contas rejeitadas como colares de índios pendurados no pescoço. Qual será o Tribunal e quem será o tutor do primeiro recurso que poderá “suspender a inelegibilidade”? Será que vamos voltar ao “vale da ignorância” e idade das trevas, sem sustentabilidade?
A ânsia que Fichas-sujas sentem, de revolucionarem e darem uma reviravolta na LC Nº 135/2010, no aguardo do primeiro Juiz Eleitoral a conceder o “Efeito Suspensivo de Inelegibilidade” e acatar o registro de candidatura para as Eleições de 2012, parece os óculos do tempo da vovó caduca. Mas vão insistir na participação do processo eleitoral a todo custo, mesmo que tenham de combater o maior Projeto de iniciativa popular já registrado no nosso Brasil “verde e amarelo”, resultado de uma campanha deflagrada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Também contou com as presenças da OAB, a CNBB, o Instituto dos Advogados do Brasil, a ABI, o Fórum Nacional dos Direitos Humanos, a ABONG, o INESC, além de incontáveis outras organizações sociais, o MP que colheu assinaturas e juristas que deram apoio e participaram da sua elaboração.
Porém, nos valemos do fortalecimento do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, que já demonstrou sua autoridade ao afastar até presidente de um Tribunal de Justiça, o que podemos tomar como exemplo da firme e ponderadas provas daquilo a que veio. Desta vez vai valer?! Será que vamos passar por um novo “paraíso” perfeito?
O Brasil não é cubículo que o “Diabo” dominava as atividades humanas. Não existem mais os impérios do xá, aiatolá, xeique árabes e coronéis da política, para construção de geração de maníacos Islâmico e transformar em conseqüentes vítimas compradas ao sofrimento do massacrado povo do Camboja.
