Radio Planeta Rei

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Artigo do escritor Matias Marcelino Campos


Capítulo alterado na corrente de situação e o fim da ótica distorcida de recomposição


Mathias

Quem apostava na juntada e união do ex-bloco da situação, se arriscou e perdeu no jogo político de incerteza nas suas previsões. O que se viu nas Convenções em Teixeira-PB foi à confirmação da divisão de uma corrente de 30 anos vitoriosa. Assim como, também, não aconteceu uma aliança forçada do bloco de oposição. Mas pelo que se desenhavam na encrenca das disputas pelo topo, tudo já era esperado por vários setores mais infiltrados nos bastidores e que conhecem bem a realidade da chaminé do fio da meada dos grupos.


Informo aos caros leitores, que este artigo substitui o anteriormente anunciado. Porém não deixa de lado a filosofia de que: “o que parecia uma briga de foice era tudo parcerias de ilusão e a política deixa de ser negócio de tabuleiro de dama”. Pois foi comentado nos últimos 30 dias, unirem correntes políticas. Falava-se da aproximação de adversários rivais, sem conversarem com os cabeças, que antes travaram velhos embates no cenário político local. Porém ninguém quer mergulhar numa novela chocante de espantosa derrota. As fotos e fatos reais das Convenções dizem tudo e as adesões já são surpreendentes.

Em outras palavras, a boataria de aproximação era tudo uma artimanha de velhas raposas tentando passar a perna no outro, esperando cair os que se sentisse mais vulnerável e cedessem as pressões. De uma coisa tenho certeza: não existe marinheiro de primeira viagem nesse jogo pelo poder. Posso afirmar: são todos “cobras criadas”, sem nenhum cair no conto de fada do que quiser dar uma de mais sabido e improvisado no seu trono.

Ninguém se surpreende com o desfecho do Capítulo de disputa no pleito das Eleições de 2012. Apareceu até protagonistas da virada. Somente algum imaginário segmento do público alimentou a ilusão de aliança cruzada de adversários, que iam arriscar uma possível quebra da tradicional briga política, dos tempos de Perrepista e Liberal, ARENA e MDB. Agora, com a voracidade de novos nomes, até tentam blindar a aura da honestidade, em tempos de “Ficha Limpa”, como sugesta de livrar-se da sujeira por alguns imprevistos de seus malfeitos. Xô ganância pelo dinheiro infeliz! Basta de modus operandi de saquear!

Por isso, será que os dirigentes que herdaram os blocos partidários dos coronéis Sérgio Dantas X Dário Ramalho, José Xavier X Silveira Dantas, coronéis Zé Lira X Luiz de Barros, além de outros simbólicos caciques infiltrados em agremiações partidárias, até os agregados nos novos partidos, iam mudar o percurso crucial das tradições de eternos líderes da política local, que mesmo mortos deixaram as suas marcas de guerra pelo poder? Ressalvo que existe alguém sério, fora do páreo, mas a cavalheiro para apoio.

A idéia que se tem do poder político municipal, é de uma Prefeitura guiada por um caminho colorido feito um pote de ouro e como arco-íris de ilusão que, aponta-lhes uma trilha de paraíso fiscal, com dinheiro em contas e um tesouro de brilhantes em bolas de ouro. Isso, geralmente, antes de assumirem o controle e o poder do dinheiro, depois a bomba chia e caí à máscara da ilusão, desde a posse, refúgio e privatização da administração pública.

Concluo com clareza e definição da ótica distorcida de recomposição das forças políticas de outrora. Reforça o avesso das badalações de alguns para buscar guarida no jogo político, afastando a pilotagem de pára-quedista. Uns sempre viveram agregados ao poder no gozo das vantagens dos privilégios e tetas da Prefeitura, ao longo dos anos. Outros pensam numa estrada que parece pavimentada de tijolos dourados, mas quando empossados lá se vem os transtornos do pesado cargo de gestor da coisa pública, que pensavam a maré ser tão propicia em seu favor, até podiam fazer planos milionários, mas terminam mergulhados numa novela de proporções espantosas. Daí vem à trama do descrédito, num enredo tão intrincado de suspense e ânsia de fracasso, as vezes vítimas da corrupção, o que de fato cerca e acontece por todos os lados, muitas vezes contrariando a vontade do ordenador da Despesa Pública, que é quem paga o pato.


Matias Marcelino Campos

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