Aliado desde a primeira hora do senador Cícero Lucena, vereador da capital, que pediu para não ser identificado, elaborou para este colunista, em conversa numa barraquinha de praia o seguinte raciocínio:
1 – A esta altura não há mais dúvida de que Cícero é candidato a prefeito de João Pessoa. Só se acontecer um terremoto político.
2 – Sendo candidato, vai contar com o apoio de Cássio Cunha Lima, que a esta altura já deverá ter recuperado o seu mandato no Senado.
3 – Ninguém desconhece que a direção nacional do PSDB advoga a tese da candidatura própria e o nome de maior peso em Brasília é Cícero.
4 – Cássio, já no exercício do mandato de senador, não terá como justificar à direção nacional dos tucanos que não votará no candidato do partido.
5 – Mas, mesmo que ele consiga um jeito de explicar a sua posição, terá ainda um outro problema pela frente.
6 – Trata-se da eleição de Campina Grande. Se Cícero não receber o apoio cassista aqui em João Pessoa, fatalmente subirá no palanque do candidato apoiado por Maranhão, lá em Campina.
7 – Se as duas maiores lideranças paraibanas do tucanato não souberem se entender em relação às disputas municipais de João Pessoa e Campina Grande, a Executiva Nacional será acionada para pôr as coisas em ordem.
8 – Não esquecer que a eleição se dará em dois turnos. Mas, se em João Pessoa, Cássio estiver com outro candidato que não Cícero, e este for para o segundo turno, não há lógica em que ele, do dia pra noite, mude de posição.
9 – Com Cícero se dará a mesma coisa, caso ele participe da campanha em Campina Grande de um nome que seja oposição aos Cunha Lima. Não haveria porque mudar de lado no segundo turno.
10 – Pra terminar: ou eles se juntam desde já na eleição da executiva regional ou o partido vai se esfacelar na Paraíba. E a cúpula nacional não vai assistir a isto de braços cruzados.
11 – Pra terminar: portanto, a única hipótese de Cícero e Cássio não estarem juntos, desde o início, na campanha do ano que vem é se não estiverem abrigados na mesma legenda. E isso a gente vai saber daqui a pouco, em setembro.
Fonte: Blog do Agnaldo Almeida
