O prefeito Luciano Agra é assim: calmo, fala como se estivesse morrendo de sono, mas quando dá sua tacadinha agita meio mundo.
Agora não foi diferente. Na surdina, mandou uma carta ao presidente nacional do seu partido, governador de Pernambuco Eduardo Campos, dizendo que se dispõe a ser candidato a prefeito para ganhar as eleições.
Enfatiza na carta que voltou premido pela voz das ruas e pela inviabilidade da candidatura de Estelizabel Bezerra.
Bastou a carta para o PSB se agitar. O presidente do Diretório Municipal, Ronaldo Barbosa, que já havia anunciado o dia 10 de junho como o da escolha do candidato a prefeito, antecipou uma coletiva para a manhã desta quinta-feira e uma plenária para o período da noite com a presença do governador.
O que ele vai dizer na entrevista é mistério. Mas como a carta de Agra não é, vai aqui sua publicação na íntegra:
Enfatiza na carta que voltou premido pela voz das ruas e pela inviabilidade da candidatura de Estelizabel Bezerra.
Bastou a carta para o PSB se agitar. O presidente do Diretório Municipal, Ronaldo Barbosa, que já havia anunciado o dia 10 de junho como o da escolha do candidato a prefeito, antecipou uma coletiva para a manhã desta quinta-feira e uma plenária para o período da noite com a presença do governador.
O que ele vai dizer na entrevista é mistério. Mas como a carta de Agra não é, vai aqui sua publicação na íntegra:
Ao companheiro Governador Eduardo Campos, Presidente Nacional do PSB
O Partido Socialista Brasileiro em João Pessoa - PB tem sido responsável por implementar uma forma diferenciada de gestão, que compartilha responsabilidades e avança na construção democrática com inclusão e transformação social.
Como militante deste projeto político, me coube a honra de assumir a gestão municipal, com os desafios que são inerentes aos cenários da modernidade e a esperança das pessoas.
O nosso esforço, juntamente com a colaboração da categoria de servidores, trabalhador@s da PMJP e da população em geral, faz com que a gestão viva um dos seus melhores momentos. Constatados pelos sempre crescentes números de aprovação popular em pesquisas de opinião: evolução da aprovação da administração do prefeito Luciano Agra (Data Direct – Pesquisa e Desenvolvimento) dez 2011 – 63,7%; jan 2012 – 73,2%; fev 2012 – 69,4%; mar 2012 – 75,8%; mai 2012 – 76,9%, corroborados pelo enorme volume de obras e ações em toda João Pessoa.
O trabalho irá a julgamento popular nas eleições deste ano. Creio que teremos uma eleição eminentemente plebiscitária, onde João Pessoa dirá se quer continuar as mudanças estruturais iniciadas desde janeiro de 2005 ou quer dar um passo atrás e perder todas as conquistas alcançadas, seja no planejamento urbano, na qualidade de vida e nas políticas públicas que geraram avanços sociais elevando a auto-estima de nossos concidadãos.
Como é do conhecimento de todos, retirei meu nome da disputa em janeiro deste ano para me concentrar na gestão. E assim procedi. A partir desta data recebi cotidianamente inúmeros apelos populares para retomar acandidatura, mas relutava até porque a direção do partido tinha optado por outro nome.
É importante que se ressalte que em janeiro deste ano tínhamos uma aliança com mais de 15 partidos. Esta ampla base consolidava a firmeza e a credibilidade do Projeto Político capitaneado pelo PSB. Tínhamos, ainda, a perspectiva de ampliar não somente a aliança que foi vitoriosa em 2008, mas também a recente política de alianças que tornou vitorioso o companheiro Ricardo Coutinho.
A expectativa de manter unida a base partidária em torno da pré-candidatura do PSB infelizmente não se consolidou. O que presenciamos foi uma intensa desagregação, fruto da atipicidade da situação.
O que era coesão em torno de apenas uma pré-candidatura, transformou-se em fragmentação e o nosso campo passou a apresentar três candidaturas. Além da candidatura do PSB, o PPS apresentou o nome do secretário de Comunicação, Nonato Bandeira, e o PDT, a do vereador Geraldo Amorim.
A nossa pré-candidatura também enfraqueceu a aliança com o PT, que definiu pela candidatura própria do partido. Além disso, a pouca viabilidade do nome do PSB facilitou o avanço da aliança entre o PT e o PP.
A companheira Estelizabel Bezerra foi lançada pela direção partidária, mas infelizmente não conseguiu alcançar índices de competitividade que conduzam nosso partido a manter o projeto político do PSB. Pesquisas de opinião com ela, realizadas até agora, colocam o PSB fora da disputa por um segundo turno. Não avançamos junto aos partidos e lideranças políticas, em que pese estarmos à frente do Governo do Estado e da Prefeitura da Capital.
Diante destes fatos, do conhecimento público e partidário, e atendendo o desejo de vários companheiros do PSB, de membros da nossa gestão, de lideranças partidárias, de líderes comunitários, sindicais e movimentos sociais, de segmentos religiosos, de empresários e trabalhadores e, principalmente, do cidadão simples, da dona de casa que me cumprimenta na rua, do povo de nossa cidade que sonha com dias cada vez melhores, quero ter o direito em reconsiderar minha decisão anterior em carta divulgada.
Quero ser candidato. Para unir forças, o partido, as demais legendas edar sequência ao trabalho que estamos desenvolvendo na Prefeitura de João Pessoa, e, acima de tudo, fortalecer o nosso projeto político, solidificando as bases imprescindíveis da capital para as disputas futuras em 2014, nos cenários estadual e nacional.
Saudações Socialistas,
João Pessoa, 29 de maio de 2012
Blog do Tião Lucena
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