O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu se entregou por volta das 20h30 desta sexta-feira à Polícia Federal em São Paulo. Ele chegou ao local acompanhado de algumas pessoas, entre elas o mesmo advogado do ex-presidente do PT José Genoino, que se apresentou mais cedo à PF. Dirceu entrou no prédio com o braço direito erguido e acenando para os militantes do partido que gritavam seu nome.
Ele parou para abraçar a mulher do Genoino no corredor externo antes de passar pela porta de entrada. Dirceu estava com um agente da PF. O grupo de petistas que está em frente à Superintendência da PF gritava “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro”, enquanto o ex-ministro acenava para os militantes.
Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão em regime fechado, mas, por decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira, irá para a cadeia inicialmente pela prática apenas da corrupção, o que configura uma condenação de sete anos e 11 meses, em regime inicial semiaberto. Em texto publicado em seu blog nesta sexta-feira, ele afirmou que o STF comete uma injustiça determinando o cumprimento fatiado das penas do mensalão.
“Como sempre, vou cumprir o que manda a Constituição e a lei, mas não sem protestar e denunciar o caráter injusto da condenação que recebi. A pior das injustiças é aquela cometida pela própria Justiça”, afirmou o ex-ministro.
Dirceu afirmou que o julgamento “começou sob o signo da exceção e assim permanece”. “O julgamento da AP 470 caminha para o fim como começou: inovando - e violando - garantias individuais asseguradas pela Constituição e pela Convenção Americana dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário.”
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