É um absurdo que o debate final da campanha de prefeito de São Paulo tenha que se submeter à programação da Globo e comece às 23h03, quando o espectador dorme ou está na pizzaria.
Mas, se o Supremo Tribunal de Salém segue a programação da Globo e a FIFA também, o que dizer ?
Haddad trucidou Cerra.
Trucidou no capítulo Kassab, herdeiro de Cerra, que não fez os 150 corredores de ônibus que prometeu, não construiu os três hospitais que prometeu.
Haddad imprensou Cerra na questão da segurança, que, no coronelato tucano levou a uma epidemia de homicídios: 20 mortes em 24 horas.
Cerra começou a engolir saliva e a tremer a mão direita quando Haddad pressionou sobre a lastimável incompetência tucana na construção do metrô.
Haddad lembrou que a cada eleição os tucanos prometem obras do metrô que, depois da eleição, adiam.
É o caso da Linha 6, que foi prometida, não está licitada e passou a ser prometida para 2019.
E não adianta enrolar, porque o pessoal da Brasilândia sabe, disse Haddad.
Aí, Cerra usou o que poderia ser a bala de prata.
Pediu a Haddad para explicar por que os petistas foram condenados pelo mensalão no Supremo.
Haddad respondeu: talvez você saiba explicar melhor, porque o mensalão começou com os tucanos de Minas e será julgado.
No capítulo Educação, Haddad se permitiu dizer que Educação não é a raia do Cerra e deu uma breve aula.
Depois, quando Cerra disse que Haddad estava nervoso, Haddad explicou que estava, na verdade, indignado.
Porque Cerra diz na campanha o que a cidade não vive na vida real: “tua propaganda não reflete a vida da cidade”.
Cerra recuou.
Salivou.
Beijou a lona.
E quem disse que o Cerra é mais preparado ?
Haddad está indignado.
E Cerra não tem o que dizer.
A Globo testemunhou o eclipse da “elite da elite” dos tucanos.
E a ascensão de um novo líder petista.
O perigo agora é a edição que o jornal nacional fará no sábado desse debate em que Cerra acabou de perder a eleição.
Paulo Henrique Amorim
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