Radio Planeta Rei

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O paulistano dá sinais de que cansou de Serra


Nove entre 10 especialistas em pesquisas de intenção de voto duvidam que José Serra, candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, seja capaz de se recuperar e vencer a eleição de outubro próximo. Salvo se seus adversários cometerem graves erros.

Eleição é como uma montanha. Se você começa a escala-la com regularidade tem chances de chegar lá em cima. Ou pelo menos perto do topo.

Mas se você está perto do topo e começa a cair, a cair, dificilmente inverte a rota.

Pode até estancar em determinado patamar. Mas voltar a subir e atingir o topo antes dos outros, esqueça.

As mais recentes pesquisas indicam que Serra está montanha abaixo. Russomanno se mantém mais ou menos onde sempre esteve. E Haddad, candidato do PT, cresce.

O PT sempre contou com algo como 30% dos votos da capital paulista. Haddad, portanto, tem espaço para crescer. Se ele disputar o segundo turno com Russomanno, atrairá parte dos votos de Serra.

O contrário é verdade. Ou seria verdade. Para tentar derrotar Russomano, Serra atrairia votos do PT.

A renúncia à prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo parece estar custando mais caro a Serra do que ele imaginava.

De resto, ele incorre em erros comuns a campanhas anteriores.

Um deles: Serra - e mais  ninguém - manda na campanha. Todo o poder está concentrado em suas mãos - e parte nas mãos do seu marqueteiro, Luiz Gonzales.

Para vencer ou perder, Gonzalez dá a impressão de só dispor de um único modelo de campanha. Com ele foi capaz de eleger Kassab prefeito. Com ele elegeu Serra governador. Com ele já perdeu muitas eleições.

O paulistano emite fortes sinais de que cansou de Serra.

Quem já elegeu Jânio Quadros, Paulo Maluf e Celso Pitta pode acabar elegendo Russomano.

Blog do Noblat

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