Radio Planeta Rei

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ricardo: o passado recomenda

Sempre ouvi os mais experientes afirmarem que para se conhecer um político era preciso olhar o seu passado.
Nele, argumentam, vamos encontrar marcas de ações, atitudes, gestos, propostas e comportamentos que identificam a sua personalidade de homem público.
Olhando por esse prisma sugerido pelos mais experientes, dá para seguramente se confiar na honestidade e seriedade públicas do governador Ricardo Coutinho.
Alguns mandatos como vereador de João Pessoa, alguns mandatos como deputado estadual da Paraíba, duas vezes prefeito da capital, e nada, absolutamente nada existe no seu passado que o comprometa ética e moralmente na administração da res publica.
Nada de contas reprovadas, nada de processos administrativos, nada de certidão positiva em Ministério Público ou Tribunal de Justiça, CGU, Tribunal de Contas da União, nada que manche seu passado de homem público.
Com esse currículo, sinceramente, não acredito nem me parece que agora como Governador o sr. Ricardo Coutinho decida desmerecer e enodoar passado tão pouco costumeiro na vida pública nacional, que orgulha-nos enquanto paraibanos.
Assim, não consigo identificar, por mais que exerça investigação com olhos de águia, algo que venha comprometer a idoneidade do governo nessa permuta de terrenos entre Estado e iniciativa privada.
Além de não ser algo novo no dia-a-dia administrativo, tal troca, de um lado, proporcionará ao Estado a construção de uma nova Academia de Polícia (Acadepol) e, de outro, a construção de um shopping center em Mangabeira, o bairro mais populoso de João Pessoa, com a geração direta de 2.500 novos postos de trabalho na cidade, num investimento de aproximadamente 200 milhões de reais.
Segundo o próprio Governador, qualquer diferença de avaliação de um terreno para o outro, avaliação esta que será feita pela Caixa Econômica Federal, a iniciativa privada se obriga a pagar, no mínimo, 100 vezes esse valor.
Ademais, pela troca, obriga-se a iniciativa privada a construir uma nova Acadepol, Academia de Polícia, entregando-a pronta ao Estado.
Não vejo, assim, como possa ser contestada tal transação, a não ser entendendo o viés político-partidário que estimula a oposição mas que, infelizmente, se sobrepõe aos interesses econômicos de João Pessoa e da Paraíba.
À oposição cabe a função fiscalizatória, sem dúvida e, em caso de confirmação de algum ilícito, a função denunciatória, para que dela o Ministério Público possa iniciar as devidas investigações e conseqüentes argüições judiciais.
Contudo, cabe seriedade nessa função. Não deve ela ser exercida no afã de jogar dúvidas onde elas não existam verdadeiramente.
 
Fernando Caldeira
Publicado no Politica PB
 




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