Ambrósio Agrícola Nunes |
A cidade de Teixeira - PB, a 320 km da capital João Pessoa, viveu um momento de glória, ou uma das maiores lições em 153 anos de sua Emancipação, não pelas bandejas cheias de petiscos, mesas fartas de variadas delícias, um maravilhoso bolo de aniversário, um jantar de cardápio e paladar extra, sem falar das mensagens e retórica de tirar emoções do fundo da alma, nas palavras do médico Souza Filho e do Juiz de Direito Inácio Jairo.
Registra-se o valor inexorável dos artistas que deram um tom emocionante, na espetacular Festa dos 70 anos do ilustre teixeirense, Ambrósio Agrícola Nunes. Uma comemoração em “alto nível“, no dia 03.11.2012, na casa de shows Olympu´s Hall, diante de uma ornamentação impecável e criativa, com notável exposição de fotos inéditas de figuras que marcaram a vida do magnífico poeta, o qual contou em sextilhas a sua trajetória traduzida ao estilo folclórico, de prosas e cousas do Teixeira de ontem e do hoje, numa simetria, melódica, estética e invejável. O cerimonial encheu olhos de lágrimas, numa intensa visão de esperança com um repertório musical de qualidade e declamações que coroou a noite e madrugada singelas, o que me fez despertar para este confiável e preciso artigo.
O aniversariante fez um testemunho vivo da grandeza de espírito e riqueza da sua memória sábia e fértil. A devoção cristã, fé e inteligência na interpretação do Hino da nossa Excelsa Padroeira Santa Maria Madalena revelaram o sentimento da dedicação à saudosa esposa de mesmo nome, Maria Madalena. Destaca-se a esplêndida presença de familiares e amigos do músico, compositor, coronel da briosa Polícia Militar, Secretário Municipal e de Estado, ex-prefeito interventor, Professor, ex-Promotor de Justiça e Juiz de Direito aposentado.
Ambrósio teve habilidade de: “se virar nos trinta”, para receber as palavras encantadoras de alegria traduzidas desde o palco, a cada apresentação dos participantes em abrilhantar a festa, assim como os comentários das pessoas que superlotavam o salão do Olympu´s Hall. Sem o menor risco de ninguém desviar o idealismo de capacidade dos filhos de Joaninha e Raimundo Nunes: Ambrósio, Adilson, Adeilson, Ailton, Adeildo, Admilson e Arlete, que já surpreenderam seus ideais de músicos e poetas, com mais o talento de galgar a inédita conquista do recorde dos cinco irmãos no cargo de Magistrados.
Um esperado e prazeroso momento histórico de inspirada convicção estava reservado na apresentação e lançamento do seu primeiro livro: Teixeira – Lembranças Refletidas, onde o poeta se debruça nos reflexos da memória, parte da sua história desde a infância aos dias atuais. Exterioriza a grandeza da paixão pela família e nossa Terra Querida. Mesmo que alguém ouse encontrar alguma imperfeição e exagero nos elogios e narrativa, não temo errar nas relevantes reverências de humildade e demasiada Justiça com quem é justo.
Enalteço a organização da festa, especialmente o acolhedor aniversariante, que participou efetivamente do início ao fim, com um realce de postura, elegância e fidalguia, na cobertura de Thadeu Filmagens. Cantou com brilhantismo a música que compôs para o seu filho: o Cavaquinho do Kaka. Um dedo de ouro no Cavaquinho, acompanhado de Valtinho do acordeom, Elpídio das sete cordas, Dr. Ronaldo Pandeirista e Adilson nas maracas. Os convidados curtiram a imensidão do orgulho e extrema vaidade de Ambrósio pelas honrosas presenças. Muitos profundamente tocados nas estrofes, como o meu tio, poeta Zé Marcelino, narrada na exposição de fotos, impressa e recontada no livro lançado.
Em conversa com vários presentes externávamos nossa compreensão plena da importância daquele evento, refletido no semblante e no brilho dos olhos de felicidade no ambiente. Ficou ali consagrado um dos maiores ícones do nosso tempo, não pela autoestima repassada desde seus exemplos da infância, mas por toda uma história de dificuldades para um filho de costureira e agricultores chegar a tantas realizações, que dispensa comentário individual. O histórico e sucesso de Ambrósio é um modelo para todos nós.
Foram observadas na plenitude da Festa dos 70 anos de Ambrósio, as presenças de Desembargador, Juízes, advogados, escritores, poetas, profissionais de todos os níveis, empresários, estudantes, etc., enfim valorosas pessoas que muito podem contribuir na transformação e implantação dos modos de princípios da legalidade e moralidade, não só como diz as profecias, mas a espiritualidade de ressuscitar obreiros de épocas de ouro, como Paulo Dantas, Serafim Pereira e Genivaldo Lira, bem como resgatar figuras de proa da lealdade e honestidade dos ex-líderes Zé Lira e Silveira Dantas. O ex-Deputado Valdecir deixa seu legado na política provinciana. Vamos resgatar os probos, doa a quem doer!
Posso desperdiçar a linha de análise neste espaço de tempo precioso, por me arriscar a possível encrenca com piratas da banda podre da política, mas quebro o protocolo ao dizer que não foi registrada a presença de nenhum político. Juquinha foi como músico e cantar canções inesquecíveis recordando Agamenon Rodrigues, Totinha e Djalminha representar os violonistas Solon e Djalma. Apesar de tantos conterrâneos vindos de Brasília, da capital João Pessoa, de cidades e Estados do País, realmente não se constatou um só político “pra remédio”. Com tantos escândalos de corrupção envolvendo a classe política e escalões da cúpula do Governo, é raro ter alguém na vida pública com as mãos limpas que sirva “pra fazer um chá”, que pode intoxicar ou engulhar como purgante.
Produzo este reconhecimento de infinita e clara perseverança de mudança cultural da atual e futura geração. Daí vem o Impacto de Realidade local, que precisa ser questionado neste trajeto de reflexões. Não quero me desviar da justa homenagem de lisonjear um ilustre teixeirense, mas é indispensável adentrar na realidade e provocar o debate. Mesmo trazendo a tona uma questão intrincada da dilacerada cultura do poder político local, responsável diretamente pelo atraso e estagnação da nossa Terra Teixeira, que têm valores e material humano capaz de abrir o diálogo otimista, conveniente e mais relevante.
É sabido que cultura é um conjunto de hábitos e não é fácil mudar os devastadores vícios de roubar. Entretanto, é prioridade discutir em amplo debate a transformação para encontrar os caminhos pela construção da inovação, principalmente nas práticas de gerir a Administração pública e a correta aplicação do Erário. Xô cicatrizes e trauma da corrupção.
Convoco os filhos ausentes a se juntarem aos homens de boa fé para salvar nossa Terra Querida da decadência e impunidade que tornam o poder político cada vez mais vulnerável. Queremos um Teixeira do futuro, não um município preparado como lugar de cadáveres, com políticos se promovendo em velórios e enterros, se não existe mais lugar no cemitério para sepultar. Cadê o “funéreo construimento” – Odorico Paraguaçu, em: O Bem Amado.
Ressalto o esforço missionário do atual prefeito, daqui para Brasília, na busca de convênios federais para carrear recursos e investimentos em ações de políticas públicas, visando o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida. Será que vacilou no complô asilado de traição que contribuiu para a derrota nas urnas, sem falar da somatória de pequenos erros que se tornam em grande erro, falta de pulso firme no controle das rédeas, complacência aos auxiliares nomeados e manipulados por adversário, falsos aliados? Parece o desastroso drama da “banalidade do mal” e a “solução final”. Súplicas Santo Expedito!
Na qualidade de escritor e pensador não quero nenhum mérito, apenas apresento munição para abrir o debate dessa nova abordagem. Diferentemente de quem defende o conceito de genocídio imposto pelos nazistas. Está aí a minha sugestão, expressa opinião, levante da ideologia e compaixão do destino incerto. Aposto no Direito! Compartilho o pensamento de alerta da desesperança e, simplesmente, reafirmo os pensamentos de muitos que desistem todos os dias. “Pelo Amor de Deus, me ajude aí!” – José Luís Datena.
O princípio da sagrada liberdade de expressão e acima de tudo o exercício extraordinário da força da palavra, da verdade, da Justiça, do civismo e da cidadania, me faz cobrar aos nossos patrícios que exerçam o papel de protagonistas do momento de transformação. Brilhem com sua magnitude. Afastem o individualismo e pensem no coletivo. Ninguém diga para o próximo: Não entendi o que estava acontecendo! “Meu Deus, o que é isso?”
Por: Matias Marcelino Campos, escritor e analista político
Fonte: Thércio Rocha
Fonte: Thércio Rocha
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