SOU PARCIAL E NÃO NEGO, por Tião Lucena
Na campanha de 2014, quando o senador Cássio Cunha Lima rompeu com Ricardo Coutinho e candidatou-se ao Governo, coleguinhas que formavam nas fileiras do atual governador se bandearam para o tucano, acreditando na onda de vitória no primeiro turno.Fiquei onde estava. Eu e uns poucos, contados a dedo.Lembro que Tião Gomes dizia que na hora da desesperança costumava abrir meu blog para ver alguma notícia favorável a Ricardo Coutinho.
Fiquei porque acreditava no governador. E levei sonoras cantadas para mudar de lado. E de vez em quando chegavam recados de colegas da repartição, avisando que iam inventariar meu birô para descobrir alguma fraqueza minha.
Sou jornalista há 40 anos e não tenho porque fingir aquilo que estou longe de ser. Não sou imparcial e pronto. Defendo o Governo de Ricardo Coutinho e isso não me torna o subserviente que alguns acham que sou. Não sou subserviente a ninguém. Nem ao papa. Sou apenas livre para gostar de quem quero.
Ao longo da minha vida profissional, peguei brigas históricas com governadores poderosos. Wilson Braga processou-me29 vezes.Ronaldo Cunha Lima quis demitir-me do Estado, achando que eu não tinha estabilidade. Tudo isso porque eu preferi ficar ao lado de Tarcisio Burity, em que eu acreditava, mesmo estando fora do Governo.
É que não sou amigo de ocasião, não troco minha consciência por cargos ou adjutórios.Disso não preciso. Pra morrer de fome, o que tenho me basta. E prefiro ser assim e ter o topete de dizer o que sinto sem medo de ver aparecer algum rabo de palha meu.
Portanto, meus queridos, minhas queridas e os que não são tão queridos assim: eu vou continuar como sou, tomando partido e defendendo quem eu acho que mereça minha defesa.
Se o considerado achar ruim, vá ler Helder Moura, Rubens Nóbrega e outros menos citados que estão do outro lado, defendendo os amigos deles. Eles são, como eu, parciais, só que situados na outra margem do açude.
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