Dilma lembrou que tem lado, que estar ao lado do povo significa ter lado e vai ser muito difícil renegar essa “parceria”, a que ela se referiu muitas vezes.
Dilma tratou Eduardo a pão e água.
Com a distância protocolar que dispensa a um Governador da Oposição.
Quase não falou o nome dele – falou mais em Renata, mulher dele, que ajudou o Governo Federal a montar um programa de creches.
Dilma encheu a bola do Ministro Fernando Bezerra da Integração – aliado de Eduardo, mas que fez um discurso em que elogiou bastante Dilma.
Convocado ao microfone por Dilma, Bezerra anunciou a construção de uma ferrovia que vai cortar Pernambuco.
Ao sair da ligação ferroviária entre Suape (Recife) e Aratu (Salvador), essa nova ferrovia vai a Parnamirim, Petrolina e corta o São Francisco em Juazeiro.
Depois de enquadrar o Benjamin Steinbruch na Transnordestina (o que deve ocorrer breve), Dilma poderá chegar ao eleitor de Pernambuco em 2014 com essa nova obra fundamental, estratégica.
O recado foi claro.
Eduardo, quero ver você trair o que deve a Lula.
E a mim.
E a Arraes, a quem ela citou, como um leão na defesa das causas do povo.
O discurso de Eduardo foi de calorosa oratória anódina.
Citou o avô para falar da seca.
E defendeu o direito de divergir.
Foi massacrado pela Presidenta que subiu no palanque da campanha.
Que avisou: eu tenho o que mostrar ao povo de Pernambuco.
E o Lula vem comigo pro palanque.
Paulo Henrique Amorim
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